Cartaz para a disciplina de Teoria da Comunicação e Percepção, terceiro semestre de Design Gráfico.
Processo de (re) criação
Cecília é uma cidade retratada no livro "Cidades Invisíveis" do Ítalo Calvino, onde em cada cidade descrita pelo personagem Marco Polo ao Imperador Chinês, simboliza um pouco sobre as fases da nossa vida, do nosso cotidiano. Em Cecília, encontramos a mudança de percepção que muitas vezes nos deixa perdidos em lugares conhecidos, através de uma idealização platônica. Em diversas ocasiões chegamos a acreditar cegamente que conhecemos uma pessoa, um lugar ou uma situação rotineira, mas muitas vezes o que conhecemos não é o objeto em si e sim uma ideia que criamos, uma perspectiva, uma idealização. São fases transicionais recorrentes em nossa vida que mudam nossa maneira de enxergar as coisas. Mudanças que acontecem até mesmo em nosso interior. O eu que começou a escrever o início do texto, certamente não é o mesmo de agora, que também não será o mesmo ao final desta linha. Como conhecer algo que se encontra sempre em constantes mudanças? Assim como não podemos entrar no mesmo rio duas vezes, como Heráclito dizia que tudo flui e nada permanece, também não devemos confiar em nossas idealizações passageiras.
Cecília está em todos os lugares, assim como as constantes mudanças em nossas vidas, que são as únicas coisas que podemos ter certeza. Tudo muda, tudo flui, todo uno. Assim como o rio que já se foi, assim como o florescer e secar das flores na primavera. Não importando se é um Ypê no ocidente ou uma Cerejeira no oriente. O tempo é uno em todos os lugares.
Cartaz Cecília
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Cartaz Cecília

Cartaz Cecília, feito para a disciplina de Teoria da Comunicação e Percepção, terceiro semestre de Design Gráfico.

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