Caetano Vilela's profile

Opera: Mefistofele

"(...) Vilela proviene dal teatro di prosa e ha tenuto conto della teatralità del libretto di Boito nello sviluppo della messa in scena. Vilela ha creato soluzioni perfette per lo scambio veloce di ambienti, come la cacciata di Adamo ed Eva dal Paraiso, i passaggi tra le scena celesti e terrestri, il trionfo della Vergine Maria per la grande festa pagana. Il regista ha utilizzato anche simbologie che riassumono il dominio divino sopra gli esseri umani, la ricerca della conoscenza attraverso, i personaggi di Adamo ed Eva completamente nudi in scene erotiche, coinvolti nel sabba notturno." Norberto Modena - L'Opera/Itália, Outubro 2014
 
"(...) Mefistofele é, antes de mais nada, resolver problemas cênicos provocados pela aposta do compositor em uma troca vertiginosa de ambientes e propostas cênicas e musicais.
Na montagem de Caetano Vilela, no entanto, os fragmentos se revelam parte de um todo que resgata o homem de teatro que foi Boito. A oposição entre o ambiente medieval do prólogo com o uso da tecnologia na recriação do rio Peneu; o jogo com o teatro de marionetes; a evocação do pecado original como artífice de uma discussão entre o sacro e o profano; a religiosidade saturada de um final apoteótico – o diretor trabalha com uma profusão de ideias e signos que são apresentados e relidos sem que nada pareça excessivo ou fora do lugar, estabelecendo um discurso teatral que em momento algum abre mão da necessidade narrativa."
 
"Foi ótimo e convincente o resultado da encenação dirigida por Caetano Vilela. Logo no Prólogo, quando Mefistófeles desafia Deus, é apresentado um teatro de marionetes, sugerindo a ideia dos homens sendo manipulados pelo todo poderoso. A concepção traça paralelos entre o enredo da ópera e a história de Adão e Eva expulsos do paraíso. Em uma profusão de criativas soluções cênicas, Caetano não perde de vista o arco dramático, criando passagens de grande impacto emocional. Como, por exemplo, no fim do segundo ato, quando Adão e Eva, nus e indefesos, se veem em meio à festa das bruxas da noite de sabbat. Catapultada do paraíso e agora cercada por bruxas, a dança de Eva, inteiramente despida, num transe quase catártico, lança luz sobre cantos recônditos da alma humana e confere uma nova dimensão à tragédia enfrentada pela desenganada e desesperada Margarida."
 
"A encenação de Caetano Vilela, que teve sua última récita em 09 de agosto, mostrou-se bastante eficiente. O diretor, que já havia dirigido O Navio Fantasma, de Wagner, no festival de 2013, buscou inspiração na cosmogonia e em uma série de mitos e símbolos para realizar sua leitura da obra de Boito.
Durante o prelúdio, vimos a criação de Adão e Eva (completamente nus no palco) e a tentação do fruto proibido; logo depois, passamos pelo teatro de marionetes (uma referência à infância de Goethe, quando ele tomou conhecimento do mito de Fausto numa apresentação desse tipo); mais adiante, na cena do sabá, a mesma Eva do prelúdio foi devorada e dilacerada pelos bruxos e bruxas. Tudo isso, aliado a um trabalho bastante competente de direção de todos os artistas no palco, contribuiu para uma versão consistente da ópera.
Denis Sedov - Mefistofele (photo Elza Lima)
Denis Sedov - Mefistofele (photo Elza Lima)
Denis Sedov - Mefistofele (photo Eliseu Dias)
Fernando Portari - Faust (photo Elza Lima)
Mefistofele - Act 2 (photo Elza Lima)
Adriane Queiroz - Margherita (photo Elza Lima)
 
Maíra Lautert - Helena de Tróia (photo Elza Lima)
Mefistofele - Prologue (photo Eliseu Dias)
Mefistofele - Prologue (photo Eliseu Dias)
Mefistofele - Prologue (photo Eliseu Dias)
Mefistofele - Act 1 (photo Eliseu Dias)
Tainá Corôa - Mefistofele - Act 1 (photo Eliseu Dias)
Opera: Mefistofele
Published:

Owner

Opera: Mefistofele

Mise-en-Scène and Light Caetano Vilela; Set designer Chris Aizner; Costumes Olintho Malaquias; Conductor Miguel Campos Neto Theatro da Paz/Belém Read More

Published: